20160705

Brasilprev e Anaparprev se apresentam como opções ao BD-RJU

Os participantes do Plano BD-RJU irão receber nos próximos dias, nos seus endereços de cadastro no FioPrev, um documento que será fundamental para o resgate dos seus recursos: o Termo de Opção. Este documento deverá ser preenchido e devolvido ao FioPrev com as informações de destino do dinheiro a que cada um tem direito: resgate total, resgate parcial e transferência para outro fundo de previdência, ou transferência total.

No caso de resgate, a maioria dos Participantes terá que pagar uma alíquota de 27,5% de imposto de renda. Muito poucos são aqueles cujos recursos estão dentro do limite de isenção previsto na tabela para calcular o IR. Por isso, o FioPrev selecionou duas gestoras para apresentarem opções de fundos de previdência em condições vantajosas para os participantes do Plano BD-RJU. É importante destacar, contudo, que o Participante também pode indicar outro plano de previdência de sua livre escolha.

De início, a transferência oferece a vantagem de o participante só fazer o resgate conforme a necessidade de uso do dinheiro. Desta forma, enquanto o resgate não é feito, o dinheiro que um dia deverá ser pago como IR também continuará rendendo juros na conta de cada um.

Isenção de IR

As gestoras selecionadas foram a Brasilprev, que se apresentou para cerca de 150 participantes no auditório do Museu da Vida, em 20 de junho, e a Anaparprev, que fez uma apresentação no auditório da Ensp, no dia 23. A primeira apresentação gerou mais dúvidas e questionamentos, enquanto a segunda já recebeu os participantes mais informados sobre o que seria dito.

No Museu da Vida, um participante de 72 anos contou que recebe complementação de aposentadoria há 20 anos, mas que está isento de IR na Fiocruz. Ele queria saber se também precisará descontar 27,5%. “Resgate é uma coisa, pagamento de benefício com isenção é outra”, explicou Carlos Magno Ramos, superintendente do FioPrev: “Para resgate, não tem como fugir do pagamento do IR”.

Mas o que o representante da Brasilprev explicou é que há uma saída. Como a condição negociada com a gestora foi de isenção de taxa de carregamento, não haverá nenhum desconto sobre o valor transferido para lá. Então, basta esse participante fazer a transferência e programar um pagamento em benefício único. Como esse participante recebe benefícios com isenção, ele receberá o valor integral a que tem direito.

Fundo fechado x aberto

A Brasilprev é um fundo aberto que tem mais de R$ 150 bilhões em ativos e o Banco do Brasil como maior acionista. O fato de ser aberta significa que seu objetivo final é dar lucro aos acionistas. Diferentemente da Anaparprev, fundo fechado administrado pela Petros, em que toda rentabilidade é distribuída aos participantes. Um indicador de qual a melhor opção é a rentabilidade passada, ainda que as gestoras sempre alertem que isso “não é garantia de rentabilidade futura”.

Os fundos abertos costumam dar lucros cobrando taxas de carregamento e administração. Para os participantes do FioPrev, a Brasilprev abriu mão da taxa de carregamento e vai cobrar uma taxa de administração de 0,7% ao ano. Normalmente, quem vai a uma agência do Banco do Brasil buscar por esse produto costuma receber uma oferta de 3,4%.

Ou seja, as condições iniciais ofertadas acabaram ficando muito parecidas, cabendo a cada um escolher de acordo com a instituição que lhe passar mais confiança. Os representantes das gestoras farão plantões para tirar  as dúvidas dos participantes e simular as condições específicas de cada um em dias, horários e lugares a serem definidos. Acompanhe os canais do FioPrev e mantenha-se informado.

Ações na Justiça


Ao final, diante de uma pergunta sobre a situação de quem está com ações na Justiça contra o FioPrev, Carlos Magno explicou que essas pessoas não receberão o Termo de Opção. O FioPrev não poderá fazer o pagamento direto para quem estiver com ação na Justiça. O valor de quem estiver nessa situação será depositado em juízo. Por outro lado, sempre que houver a liquidação de algum ativo ainda existente no fundo, o valor será novamente rateado. Dentre esses ativos encontram-se valores provisionados para pagamento das ações na Justiça e os recursos bloqueados em Ação Civil Pública que demanda a devolução para o Tesouro Nacional de pagamentos efetuados pela Fiocruz ao FioPrev.