Saudade – um
sentimento indescritível
Ao contrário do que falo sempre, sobre convicções, coisas da
vida, do nosso dia-a-dia e do que pensamos sobre o que há de vir amanhã, hoje,
como qualquer ser humano, quis falar, principalmente, sobre a saudade. Assim
dizendo, há vezes em que todos nós somos tomados por lembranças de dias
vitoriosos e de derrotas que nos abatem e nos levam a repensar o quanto somos
frágeis e nos deixamos nos envolver por coisas dos nossos corações.
Nos momentos de alegrias e de tristezas, nos deixamos levar
por coisas que transcendem nossas vontades e, nesses instantes, nossos corações
dominam o raciocínio, e ficamos a mercê das impulsividades do coração.
No momento de maior tensão, naquela noite nas montanhas – Guerra
Civil Espanhola – retratada no épico “Por quem os sinos dobram”, a uma pergunta
da companheira, guerrilheira como ele, sob o replicar dos sinos, lá embaixo no
vale, apenas respondeu: “Não me perguntes por quem os sinos dobram – eles
dobram por ti”.
Quanta angústia e quanta tristeza naquela resposta tão sutil
e que espelhava também o amor e a certeza do fim.
Assim, quanta saudade de você, Dino.